Já dizia Albino Teixeira: "A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender"
Como educador de disciplinas de Linguagem de Programação nos cursos superiores de computação, me deparei com alunos que me questionaram se ensinar programação era tão difícil como aprender programação. Uma pergunta muito interessante com uma resposta pouco óbvia: não sei, as coisas ficam difíceis dependendo do ângulo e do momento para qual olhamos para este obstáculo.
Ensinar e aprender são vias de mão dupla, acontecem paralelamente e são desafiadoras para ambos, educando e educador. Para o aluno que pela primeira vez conhece o fundamento de um ponteiro ou de um método polimórfico, a impressão é que aquilo é difícil e que talvez jamais ele consiga entender onde e como utilizar em um software. Para o professor que prepara a exposição do tema, o exemplo que irá trabalhar ou mesmo a atividade que irá utilizar para fixação, o desafio é semelhante: talvez o aluno não compreenda, talvez nem deseje compreender, talvez esteja interessado, talvez tenhas que reconfigurar o rumo da aula durante a aula e deseje ir além.
Proponho uma breve reflexão: lecionar é tão complexo quando aprender, ou são conceitos incomparáveis?
Na minha opinião, lecionar é desafiador, motivante e acima de tudo aprendizado. Quando desejamos aprender, no sentido amplo da palavra, nossas aulas, nosso comportamento e a nossa qualidade de vida migram para um novo patamar.
Entrar em uma sala de aula, transformar e sair transformado é o grande desafio para o Professor 2.0.
Abraço a todos!

Nossa Paulo esssa sua reflexão é a mais pura realidade, pois não só ensinamos, como também aprendemos muito em cada aula ministrada, realmente é uma via de duas mãos. Aprendemos metodos diferentes de ensinar apenas avaliando o interesse e o desempenho de uma sala de aula, ou se não houver esse interesse e esse desempenho, aprendemos ainda mais, pois vemos que temos que mudar a dinâmica da aula para que aquilo fique claro ao aluno assim como é para nós.
ResponderExcluir